Onfly: viagens sob uma nova perspectiva

Atuação

UX Research​, Product management​, UI Design

Conhecimentos

Figma, Low-code, Pesquisa com usuário e de mercado

Área do estudo

Gestão de viagens corporativas

Duração

Em desenvolvimento

Sobre o projeto

Este projeto está sendo desenvolvido como pré-requisito para a pós-graduação em Digital Product Management (gestão de produto digital) ministrado pela FIAP, e tem como objetivo explorar o ambiente de negócios, identificar as oportunidades e desafios, além de gerar e avaliar uma proposta de solução para as dores levantadas.

Durante esse projeto iremos aplicar conceitos como: inteligência de mercado, ciclo de vida do produto digital, estratégia, design thinking, pesquisa quantitativa e qualitativa e suas execuções, ideação de solução, produto mínimo viável, design de produto, ferramentas LowCode, gestão ágil, inteligência artificial e machine learning, marketing, product-lead growth, análise de dados, roadmaps, sustentabilidade de produtos digitais, entre outros.

Vale acrescentar que, apesar desse projeto estar sendo executado com foco na empresa e na ferramenta da Onfly, ele não possui associação direta com a marca, sendo apenas um estudo de caso acadêmico.

Para melhor visualização das ferramentas preenchidas basta visualizar o arquivo abaixo:

Metodologia

Para o projeto de análise da plataforma Onfly foi utilizada a metodologia do Duplo Diamante dentro do Design Thinking por sua abordagem centrada no usuário e orientada à solução. Dividida em quatro etapas — Descobrir, Definir, Desenvolver e Entregar —, ela permite explorar problemas reais e criar soluções eficazes.

Essa estrutura garante a coleta de insights, a priorização de dores críticas e o desenvolvimento de um MVP ajustado às necessidades dos usuários, mantendo um processo colaborativo e iterativo, veremos a seguir o estudo acerca de cada etapa.

Contexto

Fundada em 2018 em Belo Horizonte, a Onfly é uma empresa brasileira que visa transformar a organização das viagens corporativas. Com a missão de desburocratizar processos e democratizar serviços, oferece uma solução “all-in-one” que integra gestão de viagens, despesas e cartão corporativo em uma única plataforma digital. Sendo considerada a travel tech nº 1 da América Latina, a Onfly atua principalmente no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

A empresa opera em dois modelos: B2B com seu produto principal, e B2B2E através do OnHappy. Além disso, atende empresas como Vivara, Reclame Aqui, Unimed, Mobly, RiHappy, Indrive, Bold, entre outras. A plataforma facilita a gestão de viagens corporativas com reservas rápidas, gestão de despesas e automação anti-fraude. Integra-se com ERPs, bancos e apps de mobilidade, fornecendo relatórios financeiros em tempo real para otimizar transparência e ROI.

Descobrir

Nessa primeira etapa temos o período de descobertas, inspirações, coleta de informações, identificação das necessidades do usuário e desenvolvimento das ideias iniciais. Com isso, foram realizadas análises de mercado, pesquisa quantitativa e qualitativa.

Para a análise/ estudo de mercado, temos, primeiramente, a tabela comparativa de alguns concorrentes nacionais e internacionais:

Critérios/ EmpresasOnflyConc.1Conc.2Conc.3
Atendimento 24hPossuiNão constaPossuiNão consta
Solução all-in-onePossuiNão constaPossuiPossui
Versão mobile de sua ferramentaPossuiPossuiPossuiPossui
Visibilidade de gastos na mesma plataformaPossuiPossuiPossuiEm parte
Integrações com diferentes instituiçõesPossuiEm partePossuiEm parte
Gestão transparentePossuiPossuiPossuiPossui
Uso de IAPrevistoPossuiNão constaNão consta

Com essa breve análise, já é possível compreender um pouco mais as vantagens competitivas, posicionamento de mercado e algumas das oportunidades que a Onfly pode trabalhar e mitigar no setor de viagens corporativas.

Além disso, também foi analisado em uma sessão com players diferentes o ambiente externo que influencia ou pode vir a influenciar a empresa, a partir da Análise PESTEL, tendo assim uma visão mais ampla dos fatores políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, ambientais e legais que podem induzir as escolhas estratégicas do negócio.

Ainda dentro do estudo de mercado, pudemos observar que a Onfly se posiciona como uma travel tech, ou seja, uma empresa que utiliza tecnologia para oferecer soluções inovadoras no mercado de viagens corporativas. Essas soluções automatizam e integram processos de viagem, resolvendo ineficiências comuns. A inovação está principalmente no uso de IA e na integração com agregadoras de fornecedores, otimizando a experiência. Além de produtos especializados, a Onfly oferece plataformas online e mobile, tornando o acesso e o uso por colaboradores mais práticos e eficientes. Para melhor compreender os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças da empresa considerando os fatores internos e externos, utilizamos a ferramenta de análise SWOT:

Já para as pesquisas quantitativas e qualitativas, desenvolvemos para a primeira um formulário a fim de coletar e analisar os dados numéricos, identificando padrões e entendendo o grupo foco do estudo. Além disso, ele também serviu para filtrar, caso concordassem, candidatos à pesquisa qualitativa, analisando suas respostas e perfil apresentado. O formulário visava compreender aspectos como: quem é o usuário e como é sua interação com ferramentas de gestão de viagens corporativas de modo geral.

Na pesquisa qualitativa, pudemos analisar comportamentos, experiências, emoções e preferências humanas. Foram feitas entrevistas que visaram:

  • Gerar insights e compreensões acerca da utilização da ferramenta da Onfly;
  • Entender pontos de melhoria da usabilidade da ferramenta e o nível de compreensão e facilidade da jornada;
  • Compreender os pontos de melhoria na interação com o serviço prestado pela Onfly;
  • Investigar a relação dos diferentes players com a jornada de reserva.

Por fim, com esses questionamentos, foi possível levantar dados preciosos como dores e falhas que ainda não havíamos notado, alguns desses problemas relatados foram:

  • Reserva de hospedagem mal organizada: caso em que a reserva não foi realizada, causando espera e desconforto após longa viagem.
  • Falta de automatização na organização: não utilização da plataforma de gerenciamento de viagens da empresa; dependência de formulários para reembolsos e envio de comprovantes.
  • Dificuldades com logística: restrição por distância de uso de aviões pelo custo elevado; transporte limitado por quilometragem e horários de ônibus noturnos inadequados.
  • Processos burocráticos: necessidade de preencher planilhas e seguir rigorosos formatos para reembolso.
  • Impacto da falta de personalização: desejo de maior flexibilidade para escolher o transporte mais conveniente; experiência negativa de usuário com escalas longas e opções restritas em outra plataforma.
  • Problema de horários: desafio enfrentado com a escolha de voos em horários inconvenientes, como de madrugada, por questões econômicas.
  • Processo de reserva complexo: foi relatado o desafio de precisar passar por diferentes etapas e ainda correr o risco de precisar refazer por não estar dentro das diretrizes da empresa.

Definir

Com os dados e insights obtidos na etapa anterior, agora é momento de analisar as descobertas e definir as oportunidades. Para isso, foram desenhadas as personas, os mapas de empatia e a jornada do usuário. Além disso, nessa etapa já temos também o esboço do escopo e funcionalidades do MVP.

A persona é criada baseada justamente em dados reais sobre necessidades, objetivos, comportamentos e desafios dos usuários. Tendo duas nesse momento, entende-se como usuário gestor o responsável pelo pedido de viagem feito ao colaborador, assim como a aprovação desse pedido. Normalmente, é representado como o responsável por viagens do setor de RH ou também gestor direto daquele colaborador.

Já o usuário final é compreendido como o colaborador que recebe essa solicitação de viagem com seus motivos e informações e deve se dirigir a plataforma da Onfly para realizar a cotação e posterior reserva de sua viagem.

No mapa de empatia, temos o aprofundamento desses perfis auxiliando na melhor compreensão das necessidades e dores, permitindo criar soluções mais alinhadas às expectativas e experiências desse público.

A jornada do usuário tem por objetivo mapear os pontos de contato do cliente com a solução, desde a identificação de uma necessidade até o fechamento de uma reserva e o acompanhamento da viagem. Este processo detalhado identifica tanto os momentos de maior frustração quanto as oportunidades de melhoria na jornada.

Levando em conta as definições anteriores, selecionamos nesse momento sanar as dores mais constantes do usuário final. Sendo assim, a jornada foi dividida em 4 etapas essenciais: necessidade, escolha de viagem, solicitação da viagem e acompanhamento dos agendamentos. Cada fase foi analisada com foco nas atividades que o usuário realiza, suas necessidades, dores e sentimentos a cada ação, os pontos de contato com a plataforma e, é claro, as oportunidades de melhoria. A jornada permitiu identificar funcionalidades prioritárias para o MVP e inspirar soluções alinhadas ao comportamento real dos usuários finais.

Com a analise da jornada com seus pontos de maior frustração podemos assim ter uma visão mais ampla das ideias de melhorias para trazer como funcionalidade no MVP, sendo elas:

  • Na etapa de ‘necessidade’ temos:
    • Programa de milhas/ vantagens por uso da plataforma – Uma forma até de gerar benefício para a empresa, parcerias com plataformas de cashback ou milhas corporativas;
    • Integração com calendários para sincronizar automaticamente os compromissos e evitar conflitos.
  • Para a de ‘escolher viagem’:
    • Possibilidade de criar roteiros integrados;
    • Geração direta de sugestão de meio de transporte, ao invés do usuário precisar analisar as possibilidades para viajar;
    • Exibição clara de benefícios adicionais, por exemplo: cancelamento gratuito, upgrade de classe associado a benefícios da empresa;
    • “Recomendações baseadas no perfil” usando IA, mostrando opções populares e com melhor custo-benefício, considerando os filtros criados e gerados pela própria empresa também;
    • Filtros avançados e personalizáveis para facilitar a busca;
    • Aviso de documentação e dados importantes para entrar naquele país, sempre resguardando a empresa caso aquele dado já não seja da última atualização.
  • Na 3ª etapa, ‘solicitação da viagem’, temos:
    • Explicação automática para rejeições e sugestões para ajustar o pedido dentro das diretrizes corporativas;
    • Sistema de aprovação simplificado e integrado ao e-mail ou aplicativos de mensagem (por exemplo: receber direto no slack ou WhatsApp);
    • Sugestão para ajuste do pedido a partir das diretrizes/ regras da empresa.
  • E, por fim, para a etapa de ‘acompanhar agendamentos’, listamos:
    • Funcionalidade de criação de roteiros de viagem integrados, incluindo voos, hospedagens e transporte local;
    • Checklists automáticos com documentos e informações necessárias para o destino, incluindo alertas de expiração de passaporte ou vacinas obrigatórias;
    • Integração com serviços externos, como Google Maps e Uber, para facilitar o deslocamento;
    • Aviso de documentação e dados importantes para entrar naquele país, sempre resguardando a empresa caso aquele dado já não seja da última atualização;
    • Central de notificações em tempo real para mudanças (por exemplo: status de voo, check-in aberto, alterações de itinerário).

Por fim, sobre o MVP, temos como objetivo fazer com que o processo de reserva de viagem seja mais rápido, eficiente, automatizado e menos burocrático, com menos rejeições de escolhas a partir do fornecimento de diretrizes sugeridas pela empresa para auxiliar nas decisões de reserva desde o início. Iremos levar em conta para a avaliação da viabilidade do MVP métricas como: conformidade, redução do índice de rejeição de reserva, coleta de CSAT, feedback com ambas as partes, análise de porcentagem de aceitação da nova jornada e de sucesso.

Próximos passos

Nesse momento, nos encontramos na etapa de desenvolvimento com a criação factível do MVP para lançamento e análise de aceitação, entre outros. Ainda temos pela frente o retorno e lapidação desse produto a fim de chegar na última etapa de entregar e iniciar o acompanhamento constante.

Vamos conversar

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